DesmistificandoFII

11

Relatório Quinzenal

Período

15/05 a 22/05

Divulgação

22/05/2024

Este material destina-se única e exclusivamente aos assinantes do DesmistificandoFII

Research independente de fundos imobiliários mais antigo do Brasil

DesmistificandoFII

Rodrigo Costa Medeiros

Analista de Valores Mobiliários

CNPI 6717

DesmistificandoFII

Eurico da Silva Rodrigues

Analista de Valores Mobiliários

CNPI 8684

Ações abordadas neste relatório

Ação

TUPY3

Automotivo

R$ 23,56

Carta aos Leitores

Ouvir

Recomendação Cultural

Somos da opinião de que cultura é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. E isso acaba fazendo de você um investidor melhor, tenha o assunto a ver com finanças ou não. Assim sendo, gostaríamos de oferecer uma indicação quinzenal da qual gostamos e achamos que seria útil.

 

Baby Rena - Netflix


Essa tradução ficou ótima, meu pai daria nota 10.
Misturou inglês com português cheio de estilo!

 

O nome faz sentido, mas se eu explicar vai ser spoiler.
Prefiro que você veja até o final.

 

São 7 episódios.

Há um apelo inusitado aqui: Richard Gaad escreve e estrela uma história baseada em fatos reais vivida por ele.

É preciso um elogio agora: esse cara é muito bom fazendo papel dele mesmo!
Nem parecia estar atuando!

 

A pegada da série é curiosa. Há bastante tensão sendo criado na tela na medida que o personagem principal toma algumas decisões erradas.

 

Há uma preocupação notável de cuidar para que o roteiro não fique nem leve demais nem pesado demais.

Tudo isso com uma narrativa muito original!

Adoro criatividade.

 

Eu gostei e recomendo.

Se for ver, conte-me o que achou depois!

 

 

Crônicas de Mercado

Periodicamente procuraremos trazer textos (crônicas) para nossos assinantes com o objetivo de levar a uma reflexão mais profunda sobre o mundo dos investimentos, assemelhando-o a nossa vida cotidiana, afinal, investir sempre fará parte da nossa vida cotidiana. Denominamos esses textos como “Crônicas de mercado”, e cada um deles virá com um tema diferenciado.

 

O que é que só você viu?

 

Roberto nunca teve vida mansa.

Nascido na periferia de São Paulo, nosso herói teve que batalhar muito até poder ser chamado de nosso herói pelo nobre escritor desse texto.

 

Colégios públicos. E sem cota para o Enem, nunca é demais lembrar.

Seu pai era jornaleiro, e sua mãe costureira.

 

Costureira é menos comum hoje em dia do que antigamente. Ao menos é algo que não vejo o ChatGPT substituindo a mão humana com tanta facilidade. Com custo mais alto, beleza, a mudança tá logo ali na esquina.

Mas acho pouco provável que sejam projetados robôs especialmente para esse fim.
Até mesmo porque os cientistas mundiais estão muito mais preocupados com problemas de verdade, como robôs participando de concursos de dança ou robôs feitos para substituir o poddle que eu nem comprei ainda.

 

Enfim, por hora tá bom de costureira.

Seu pai era jornaleiro e, como tal, acordava às 4 horas da manhã para correr para o furgão, pegar os jornais e levar para as suas 2 bancas antes do sol raiar.

A partir de 10 anos Roberto já estava bem grandinho, e começou a acordar todos os dias para ajudar o pai no trabalho. E lamba os beiços, porque se fosse um chinês nos dias de hoje em situação similar... Iria acordar desde os 6 anos pra ver o que é bom pra tosse.

 

Com essa rotina de trabalho e estudos o garoto acabou tendo uma vida mais saudável que alguns de seus vizinhos.
No final de semana, Roberto não tinha aula, e começou a desenvolver afeição pelo futebol.

Corinthiano doente, assistia todos os jogos com o pai. 1 vez por mês no estádio, porque era caro.

 

Na TV, os dois corriam para colocar na Bandeirantes, porque os narradores da Globo eram chatos demais.

Desde aquela época, eles se comportavam sempre com aquela atitude “Estou tendo um ataque cardíaco, presta atenção em mim, caceta!!!”

 

Bom mesmo era o Silvio Luiz, na Bandeirantes, que comia empadinha e coxinha durante a transmissão, falava de boca cheia, era super bem humorado e criou os melhores bordões da história da narração esportiva no Brasil. Opinião compartilhada tanto pelo personagem quanto pelo escritor.

“Olho no lance!”
“Pelo amor dos meus filhinhos!”
“O que é que eu vou dizer lá em casa?”
“O que é que só você viu?”

 

Roberto foi crescendo, fez faculdade de administração e posteriormente resolveu estudar pra concurso público. Afinal, era a garantia do salário todo mês.

Passou num concurso de guarda municipal, onde ficou a vida inteira.

 

O salário não era uma obscenidade, mas para os padrões de vida que ele estava acostumado, estava bom demais!

Dava pra economizar, ajudar os pais e até investir um pouquinho.

 

Guardas municipais muitas vezes rodam muito de carro. Ficam rodando por aí, gastando a gasolina do município. Fazem isso porque é preciso aplicar multas, melhorar (ou tentar) o trânsito quando algum sinaleiro apaga... Até mesmo gerar visibilidade, que em outras palavras é mostrar para o povo que eles estão trabalhando.

 

Faz parte, e é um trabalho nobre e necessário. É claro que eu tenho as minhas críticas, como talvez tenha deixado transparecer pela escolha de algumas palavras logo acima.

 

Esses caras que rodam mais fazem um serviço chamado em muitos lugares de “volante”.

Roberto até gostava da volante. Pegava um solzinho, cumprimentava as pessoas, ajudava idosas a atravessar a rua... eventualmente era chamado pra resolver um pepino, mas tudo bem. Eram ossos do ofício.

 

Após 35 anos de trabalhos prestados, Roberto estava no dia da sua aposentadoria. Era sua última escala programada, e a galera ia fazer uma festa na repartição ao final do dia. Ele era um cara muito querido.

 

Como sempre, pegou o carro, seu parceiro, e foram pra volante. Até que, após o almoço, às 14:30, eles passaram por uma esquina com um movimento esquisito.

Chegando poucos metros à frente, foi possível perceber um poste pegando fogo. Vários fios elétricos desencapados começavam a se espalhar pela rua, e o barulho se assemelhava a um morteiro sendo ligado.

Havia um medo justificado de explosão, e a dupla teve que sair do carro e ficar por ali, pois era importante auxiliar e orientar os transeuntes.


- Caceta!! Nunca vi um troço desse na vida! – disse sua dupla

- Nem eu.

- No dia da tua aposentadoria, né?

- “I´m too old for this shit” – apesar de preocupado, nosso protagonista conseguiu fazer o parceiro sorrir, ao imitar um bordão de personagem comum dos filmes de ação dos anos 80, parceiro do herói, que muitas vezes morria no último dia de batente.

 

Graças a Deus, não aconteceu nada de mais grave, e 7 minutos depois os bombeiros chegaram.

O acidente foi o assunto principal na festinha da repartição. A luz na região havia caído e ainda não tinha previsão de volta.

 

Na vida muitas vezes achamos que algo nunca vai acontecer pelo simples motivo de nunca termos visto nada parecido.

Nunca aconteceu, até que acontece.

Você nunca viu, até que você vê.

 

Nos investimentos também é assim. Em 2007 teve gente que vinha ganhando grana todo mês vendendo opção de Petrobras a descoberto. No dia em que foi anunciado a bacia de Tupy, um monte de gente quebrou.

 

Não ignore as probabilidades, ainda que muito pequenas.

A última coisa que eu quero ver é você fora do mercado!!

 

*crônica inspirada num poste incandescente que eu vi na terça. Pela 1a vez na vida.

 

Carteira Recomendada

ativos nesta carteira

Data de EntradaFundoSetorCotaçãoValor MédioPeso AtualRecomendação
Não há fundos cadastrados

Disclaimer

Acesso restrito à assinantes

DesmistificandoFII

O DesmistificandoFII foi criado em dezembro de 2015 e é o Research exclusivo de FIIs mais antigo do mercado. Em 2022 foi lançado também nosso relatório de Ações. Além produzir os cursos mais completos do segmento.

DesmistificandoFII


Siga nossas redes sociais

Rodrigo Medeiros

Rodrigo Medeiros



Edvaldo Junior

Edvaldo Junior


DesmistificandoFII © 2022 - Todos os direitos reservados.
RCM CONSULTORIA FINANCEIRA - LTDA, CNPJ: 34.961.595/0001-63

Retornos passados não são garantias de retornos futuros e o investimento na bolsa de valores gera riscos de perdas financeiras.