DesmistificandoFII

14

Relatório Quinzenal

Período

10/06 a 24/06

Divulgação

25/06/2025

Este material destina-se única e exclusivamente aos assinantes do DesmistificandoFII

Research independente de fundos imobiliários mais antigo do Brasil

DesmistificandoFII

Rodrigo Costa Medeiros

Analista de Valores Mobiliários

CNPI 6717

DesmistificandoFII

Eurico da Silva Rodrigues

Analista de Valores Mobiliários

CNPI 8684

Ações abordadas neste relatório

Ação

NEOE3

Energia

R$ 24,94

Carta aos Leitores

Ouvir

 

Recomendação Cultural

Somos da opinião de que cultura é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. E isso acaba fazendo de você um investidor melhor, tenha o assunto a ver com finanças ou não. Assim sendo, gostaríamos de oferecer uma indicação quinzenal da qual gostamos e achamos que seria útil.

 

 

Big Mouth

 

 

Big Mouth é uma série espetacular. Poucas retrataram com a mesma sensibilidade o período em que os hormônios chegaram, trazendo junto a adolescência. Tratando-se de um desenho animado, é a única que eu conheço. 

A categoria de desenho para adultos há muito já está estabelecida, desde a chegada de “Os Simpsons”. Aqui as crianças não deveriam assistir, o produto não é pra elas. 

Os personagens enfrentam inseguranças, pressão social, relacionamento com os pais... É tudo muito bem-feito e difícil de não se identificar. 

 

A obra é bem corajosa, e inclusive brinca com algumas coisas que alguns poderiam considerar desrespeito. Eu não vejo dessa forma. Humor está aí para empurrar um pouquinho a barra, levando a sociedade a repensar alguns de seus atos. Tudo isso enquanto diverte. Nada mau! 

Entramos na 8ª e última temporada no ano de 2025. São episódios de pouco mais de 20 minutos.  

 
Eu indico. Depois me diga se gostou! 

 

 

Crônicas de Mercado

Periodicamente procuraremos trazer textos (crônicas) para nossos assinantes com o objetivo de levar a uma reflexão mais profunda sobre o mundo dos investimentos, assemelhando-o a nossa vida cotidiana, afinal, investir sempre fará parte da nossa vida cotidiana. Denominamos esses textos como “Crônicas de mercado”, e cada um deles virá com um tema diferenciado.

 

 

O pneu que não furou  

 

Aníbal voltava do trabalho cansado. Nada de extraordinário, afinal era sexta à feira à noite. Ele havia conseguido “escapar” do trabalho às 18:10h, mas dali que chegasse em casa... o dia já estava escuro. 

Ele pensava em várias coisas enquanto dirigia. Tinha até esquecido de ligar a música no caminho de volta. 

 

 

Pensava no trabalho. Seu horário de saída era às 17h. Ao menos no papel. Não era fácil sair nesse horário. Você estaria saindo praticamente sozinho. 30 funcionários espalhados em 45 cubículos quadrados. 41 mesas tinham microcomputadores na estação. As outras não. Uma delas era usada como despejador de papéis. Era papel empilhado na esquerda, papel empilhado na direita, um pouquinho de pilha de papel lá por trás. Os papéis eram postos ali pelos colegas de trabalho. Mas apenas pra ficar por umas poucas horas. Pra deixar pro tudo seguinte, não!! Para isso temos os armários! Afinal, não somos bárbaros! 

 

 

Os papéis continham assuntos confidenciais da empresa, mas que não eram interesse de ninguém. Nem sei se os concorrentes iriam querer ver.  

“Esse meu chefe é mal-amado”, pensava ele. O chefe dele, Ronaldo, não havia dado certo com namorada nenhuma. Brigava com todas. Depois que passou dos 40, parece que desistiu de tentar. O pessoal do escritório bem que tentou botar uma pilha pra ele tentar um Tinder, de repente resolveria o problema dele... Mas a pilha não colou. Ao menos até onde ele sabia.  

Solitário, Ronaldo morava sozinho. Nem bichinho de estimação ele queria ter. Solitário, a parte do dia em que mais gostava era o trabalho. Saía de casa, via gente, interagia com os outros, exercitava a posição de poder. Ainda assim, continua mal-humorado.  

Sem muito o que fazer em casa, Ronaldo chegava às 8 em ponto. Tinha dias que só saía do escritório depois das 20h. Achava ruim quem ia embora cedo pra casa. Não punia ninguém por isso. Mas que achava ruim, achava.  

 

 
Enquanto dirigia, não era só no chefe que Aníbal pensava. Ele também pensava nas crianças. Ele e a mulher tinham 2 filhos. Mas que davam trabalho como 4. Tinham 10 e 12 anos de idade. Mas se comportavam como 7 e 9. Foram razoavelmente bem educados. Mas não parecia. Principalmente quando estavam na presença dos sogros. 

Domingo sim, domingo também, os sogros estavam lá, batendo ponto. Passavam boa parte do dia juntos. Até aí tudo bem. Era bons para os filhos conviver com os avós. O problema era que os avós perdiam a mão do razoável. Enchiam as crianças de chocolate. Antes do almoço mesmo. Um bocado de chocolate antes, o almoço propriamente dito, e um monte de doce de sobremesa. Afinal, ninguém é de ferro. 

 

Tão ligados quanto usuário de cocaína, as crianças corriam por toda a casa gritando e chutando uma bola de plástico no meio da sala. Pra não brigar com o sogro, ele se trancava no quarto e ia ver algo na Netflix. 

 

Aníbal dirigia e também pensava nas contas a pagar. Ah, os boletos... Malditos boletos! Todo mês eles vencem. No mesmo dia. Boletos invencíveis. Pedaços de papel representando dívidas reais.  

Muitos deles representam compras de coisas que a família não precisava. Cursos online nunca assistidos, livros nunca lidos, roupas e sapatos femininos que foram doados sem mesmo ter sido usados. Aníbal pagava aquelas contas e se sentia culpado. Culpado de pagar pelo que não consome; por patrocinar a academia e por comprar verduras que morrem aos poucos na geladeira sem receber a menor atenção. Culpado por não guardar um pouquinho do salário no final do mês, pra poder sair dessa corrida dos ratos.  

 

Aníbal, pensava em tudo, menos nas condições da pista. Nos pedestres. Nos outros carros, que eventualmente faziam alguma barbeiragem. 

A rua escura. O motorista cansado. O sono atrasado. Tudo isso poderia ser uma receita para o desastre, como gostam de dizer os americanos. Graças a Deus, não aconteceu nada de grave. 

Graças a Deus? Talvez... Os 20 anos de experiência como motorista certamente ajudava Aníbal. Ele prestava atenção na pista, mas era uma direção automatizada. Quase inconsciente. Era mais do que o suficiente para prevenir uma tragédia? Difícil dizer... 

 

A poucos metros de casa, Aníbal passou em cima de um buraco. Não era fácil de visualizá-lo. O alto da rua: escuro; o chão da rua: pedra portuguesa. 

Dava pra ver o buraco, mas não era fácil. Se tivesse chovido um pouco, por exemplo, seria quase impossível. 

O pneu fez um barulhão! “Poc!! Poc!!”, onomatopeou a lataria do veículo. “Onomatopeou” está sublinhado no meu word. “Essa palavra não existe! E de palavras eu entendo! Veja só o meu nome!” – tenta me comunicar a máquina... Eu sei. Eu sei. Daí a beleza do neologismo, usar uma palavra que ninguém conhece e todo mundo entender. 

 

Voltemos ao pneu.  

O pneu gritou. Aníbal se assustou. Já começou a pensar no que faria com o pneu furado. Daria pra entrar em casa? Talvez, a distância era bem pequena, talvez 100 metros. Ele nunca tinha trocado um pneu. Faria sozinho sem a ajuda dos universitários? Ou procuraria o telefone do seguro pra ver se eles mandavam alguém? 

No dia seguinte, ele acordou lembrando do pneu. Desceu até a garagem. Graças a Deus, tudo funcionando nos conformes. O pneu ainda estava rechonchudinho como a barriga do sogro. 

 

Aníbal esqueceu do pneu. Esqueceu do buraco. 

2 semanas depois, viajou a trabalho. Viagem importantíssima! Se tudo desse certo, pegaria uma boa promoção. O voo estava marcado 7 horas da manhã. Acordou cedinho. Conferiu as malas. Tomou um banho rápido. Só lavou o sovaco e as partes íntimas.  

Saiu de casa, distraído. Passou pelo buraco. O buraco não o perdoou. Nem o seu chefe. 

 

Essa história não terminou muito bem para o Aníbal, você viu. Ele não deu sorte. Se o pneu tivesse furado no primeiro momento, eram grandes as chances de o evento ficar bem marcado emocionalmente. Dessa forma, quando passasse pelo buraco pela 2ª vez, ele estaria atento o suficiente para desviar. 

 

No mercado financeiro é assim. Quando você toma uma rasteira boa, aquilo fica marcado no seu cérebro e você evita que aconteça novamente. 

Quem começa acertando muito corre um risco.  

 
Seja qual for o seu caso, aprenda a respeitar o mercado. Como o mar, que fica revolto de repente e pode ceifar a vida de nadadores desrespeitosos.  

 

Imagine o que teria acontecido caso o “pneu” tivesse furado no seu homebroker! 
Seu patrimônio futuro agradece. 

 

Plantão de Dúvidas

 

Faremos o nosso próximo plantão de dúvidas no dia 01/07/2025 (terça-feira) 19h30min. O link e a senha já estão na sua área de assinante. 

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