Imagino que o leitor assíduo desta coluna gostou da ideia de receber aluguéis todos os meses, mesmo investindo pouco, e, com isso, construir uma segunda fonte de renda. Mas, neste momento, deve se perguntar por quais FIIs deve começar e por quais não deve começar. 

 

Essa dúvida é normal e espero que exista, afinal, existem 489 fundos imobiliários listados na bolsa de valores e possivelmente metade deles não vão proporcionar um retorno satisfatório. Sim, isso mesmo, no universo de investimentos teremos aqueles que vão performar bem e os que não vão performar tão bem. Assim, é necessário selecionar adequadamente os seus investimentos.

 

A minha recomendação é bem simples. Comece por fundos imobiliários de tijolo, aqueles que compram imóveis para alugar, eles costumam ser mais fáceis de serem compreendidos, pois o paralelo com o imóvel físico é mais simples. Depois, busque fundos com patrimônio líquido acima de R$1 bilhão de reais, pois esses terão uma diversificação maior e a possibilidade de o investidor cometer um erro grande é menor. 

 

Caso você esteja disposto a estudar um pouco mais e fugir desses parâmetros básicos, buscando um retorno melhor, há algumas outras recomendações. 

 

Em hipótese alguma tenha fundos imobiliários que chamamos de “mono-mono” em sua carteira, os quais possuem um único imóvel e um único inquilino, pois quando esses fundos dão problema, a perda costuma ser muito grande. Você possivelmente não terá experiência para separar os bons, dos ruins. Assim, o melhor no início de vida como investidor é ficar de fora deles. Não confunda fundo proprietário de um único imóvel, mas com vários inquilinos, como um shopping, com o “mono-mono”, aquele que tem um único imóvel e um único inquilino. 

 

Evite fundos imobiliários de recebíveis que existam há menos de 6 (seis) anos. Existem excelentes fundos imobiliários de recebíveis que existem há menos de 6 (seis) anos, mas, infelizmente também há péssimos fundos imobiliários criados neste curto intervalo de tempo, alguns já apresentaram problemas, mas outros ainda não. Os fundos imobiliários de recebíveis que existem há mais de 6 (seis) anos já conseguiram se provar no tempo.

 

 

Tenha atenção às recomendações feitas por assessores de investimentos. Verifique se a recomendação é em razão da qualidade do fundo, ou se ela é feita apenas pelo fato de que ele recebe uma boa comissão para vender as cotas daquele FII. Nesta situação, buscar um profissional independente e que não recebe comissões, como o analista de valores mobiliários, é o melhor caminho. 

 

Por fim, tenha muita atenção com FIIs que pagam rendimentos acima da média. Um investidor iniciante normalmente não consegue separar as oportunidades da roubada. 

 

Essas recomendações não esgotam o que o investidor precisa para investir em fundos imobiliários, mas elas são um filtro importante e vão possibilitar ao investidor fazer investimentos, sem entrar em uma furada.