Administração BTG em alguns fundos
Há uma grande diferença no serviço prestado pelo BTG em seus diversos fundos, especialmente quando um fundo tem a Administração e Gestão do BTG, como BTLG11 ou FEXC11, do que quando um fundo tem exclusivamente o BTG como administrador, sem que tenha um Gestor.
Fonte: Freepik
Os fundos que possuem Gestão BTG são BCFF, BRCR, FEXC, BTLG, BTCR, BPML, BTAL e BTRA, desses, apenas BPML (shopping) e BRCR (laje) possuem um histórico, o primeiro não soube dosar a enorme alavancagem e o período de vencimento, que ocorre este ano, e gera prejuízo aos cotistas e o BRCR, que já foi um dos FIIs preferidos do mercado, mas uma sucessão de alterações e negócios não bem-sucedidos geraram prejuízo aos cotistas e com uma dificuldade de um horizonte adequado para um dia resolve. Nos demais fundos, FEXC11 é o mais antigo de crédito e um case de sucesso, BTLG11 é um grande caso de turnaroud no setor logístico, BTAL e BTRA do setor agro são muito novos, mas possuem uma estrutura interessante, apesar de faltar transparência no BTRA sobre as regras de recompra das terras, BTCR11, outro fundo de crédito, já com um fodo maior em exposição ao CDI, tem bons resultados para o cotista, e, por fim, BCFF11, que dentre os FoFs, fica apenas com um resultado mediano.
Por sua vez, os fundos que possuem apenas administração BTG, observo um excesso de passividade, próximo de um descuido com os fundos, para não usar palavras mais duras. Fundos como EDGA, ALMI, FAMB, NSLU, HCRI, JRDM, MAXR, são exemplos de que em algum momento de sua história uma ação mais proativa ou antecipada, teria evitado prejuízo ao fundo ou se preparando melhor para os eventos adversos do futuro, especialmente quando se trata de ações judiciais. Este episódio do NSLU11 exemplifica bem esta situação, pois se o fundo precisa de um planejamento, nem que seja mínimo, para um futuro próximo, este não é feito, simplesmente é ignorado pelo fundo, trabalhando o administrador apenas para resolver o problema que aparece no momento, nunca em uma antecipação.
É verdade que esses fundos pagam muito pouco ao administrador, são da velha guarda dos FIIs; no entanto, receber pouco não deveria ser justificativa para um serviço ruim. Se não está adequado, deveria o BTG buscar sair da administração e entregar para quem o faça, nem que seja cobrando um valor mais adequado. Temos excelentes fundos passivos nesta situação e os cotistas não podem ficar a mercê de um administrador que não faz uma preparação mínima de futuro do fundo, como vimos agora em NSLU11. Em NSLU11, desde 2019 o fundo marca esta ação como possível perda e nunca fez nenhum preparativo, nem mesmo reter os 5%, isso não é responsável com os cotistas, muitos dos quais vivem das rendas dos FIIs e agora além de ficarem meses sem rendimentos, pagam 20% mais caro por uma dívida por falta de planejamento.
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